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domingo, 15 de maio de 2011

Sonhando acordada

No dia em que a mãe de Marianna soube, que a filha estava frequentando um Grupo de Wicca, literalmente o "bicho pegou".

- Você deve estar ficando doida Marianna. Quer dizer que agora você é bruxa?



- Ainda não, estou apenas lendo livros, participando de rituais. Olha mãe, não se meta na minha vida. Eu já sou bem grandinha.

- E quanto mais "grandinha" você fica, mais aumenta sua loucura.

- Eu moro sozinha com meu filho, na minha casa e pago todas as minhas contas.

- E o pior é que você ainda leva, meu neto para essas bruxarias.

- O pessoal trata o Bruce super bem. E o pai dele, nem está vindo mais buscá-lo de 15 em 15 dias, como ficou combinado na separação. Assim, eu levo ele sim. E antes dele ser seu neto, ele é meu filho.

- Ou você sai dessa história de bruxaria ou...

- Ou então o quê? Você está me ameaçando? Você acha que lá no Coven eles vão engordar o Bruce, igual na história de Joãozinho e Maria, para depois comê-lo em algum ritual Satânico?


- Eu te interno num hospício Marianna. Te interdito e fico com a guarda do Bruce para mim.

- E consequentemente, com minha renda também! Sempre o dinheiro no meio, 'né' mãe? No final, você não está nem aí para seu neto, o que sempre importou para você foi a grana. Tenta a sorte então! Fui.

Marianna saiu da casa da mãe, disposta a não mais voltar, pelo caminho cantarolava "Carta aos Missionários" do Uns e Outros.


A relação de Marianna com a mãe sempre foi tensa demais. Na verdade, a mãe de Marianna não engolia o fato, da filha não ter voltado para sua casa após o divórcio. Morando longe, não haveria como controlar a vida da filha.

Após o fim do namoro com Dinho (namoro esse que nunca foi oficializado), Marianna não havia ficado com ninguém. No trabalho, apesar de se relacionar com vários homens, nenhum deles instigava Marianna. Ela era daquele tipo de pessoa que fazia valer o velho ditado: "Onde se ganha o pão, não se come a carne".

O prédio onde estava localizada, a empresa onde Marianna trabalhava, ficava num dos metros quadrados mais caros da Capital Mineira. 


Da sua mesa, Marianna avistava um prédio residencial. Um dia, Marianna notou um homem em uma das janelas: o que chamou a atenção de Marianna, foram os cabelos grandes e loiros do jovem.

Todos os dias pela manhã Marianna observava-o fumando um cigarro, sem camisa. De longe não dava para saber se ele era bonito ou não. Depois de fumar o loiro desaparecia, para surgir cerca de 10 minutos depois  com uma gaiola na mão. Ele colocava a gaiola na janela e saía.

Marianna ficava todos os dias de olho na janela. Ela sempre gostou da chuva. Mas nos dias chuvosos Marianna ficava deprimida, pois a janela ficava fechada.

Marianna olhava o loiro, que nem sequer sabia que ela existia e pensava:

- Um loiro desses, nunca vai cair na minha rede...


29 comentários:

  1. Desconfio que os fatos sejam severamente ligados a acontecimentos reais, tamanha a veemência com que os afirma. Situação tensa em família, hein? mas cada um faz as suas próprias escolhas.

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  2. Devoradora de homens... será?

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  3. Muito bom o texto! Muito legal o final! Pena que não pude entender bem a história, pois não tenho acompanhado a história!
    Mesmo assim, já deu pra perceber que você escreve bem! Parabéns! Abraço!

    Comente no meu blog também:
    http://enricows.blogspot.com/

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  4. Concordo com a Marcelle, a impressão que dá é essa, que está ligado a acontecimentos reais, mas enfim, seja de que maneira, um bom texto redigido.

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  5. Gostei do blog e tamb´pem do texto.
    Voltarei aqui mais vezes

    http://recantodeyeda.blogspot.com/

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  6. Gostando cada vez mais...

    Essa "loucura" (segundo as palavras da mãe da Marianna) dela me encanta. Um louro?! Prefiro morenos, mas ela merece gente nova pra enfeitar a vida!

    Na espera pelo próximo! Sempre na espera...

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  7. Conheço bem Belo Horizonte e esse lugar não me parece estranho....rsrsrsr
    Brincadeirinha!!
    Belo texto.
    Parabéns e muito sucesso!

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  8. Noossa, a quatas anda essa história heim? Quer dizer que a Marianna já tem filho e paga suas próprias contas, acho que andei sumida mesmo! rsrs

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  9. neh isso, eu andei sumida tb pelo jeito.. eu ñ sabia ki ela jah tinha filho e jah tinha sido divorciada Oo



    http://diariodagarotadevariasfaces.blogspot.com/
    sigo quem me segue e retribuo comentários

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  10. Vim só deixar um beijinho, desejar-te uma excelente semana e dizer-te que também gostei muito do teu blogue.
    Obrigado, simpática!
    :)))

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  11. vai encontrar com viking comedor de pão de queijo em algum boteco da savassi! Será?

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  12. Você está virando Bruxa??
    Ainda não mãe, tow só lendo!

    UAHSuAHSuhASuhA
    Muito Bom o Texto

    Você Tem o Dom Da palavra ;D

    www.docshd.net

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  13. gostei e pelo visto tem continuação eu vou acompanhar ^^
    já estou seguindo .parabéns...

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  14. Mto legal o post. Vou xeretar mais!!
    bjocas

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  15. Eu tinha uma professora que era da Wicca, eu tinha uma quedinha por ela só porque ela era diferente.

    Belo Texto, até mais.

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  16. Oooi , passando aqui pra dizer que tem um presentinho pra você aí:
    http://piece-ofme.blogspot.com/2011/05/presentinho.html

    Beijos, Gaby

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  17. OPA OPA OPA.. QUER DIZER QUE TEMOS UMA BRUXINHA EM CONTRUÇÃO? QUE CHIQUE.

    http://thebigdogtales.blogspot.com

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  18. TEM UM SELO LÁ NO MEU BLOG PRA VC. VAI LÁ BUSCAR.

    http://www.thebigdogtales.blogspot.com

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  19. olha ela na tradição da lua....eu ja comecei com wicca mas com o tempo, mudei as vertentes !


    abraço

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  20. bem... quanto ao título do blog já diz meio que a tendência dos posts hein...

    mas faz assim... se o leite derramou... LIMPA, e não chora!

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  21. Você leu o post? Então não fala asneira...

    O blog é meu e eu coloco o nome que eu quiser...

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  22. Gostei por contar uma história...
    meu blog também conta a história de Luiz Renato que vai se matar em um ano.
    Dá uma olhada se quizer: www.oeunuco.blogspot.com

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  23. Vivo Sonhando.


    Tom Jobim

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  24. Eu curto muito o jeito que você conta a história. Acho que nessa vida temos que as vezes sair do chão sólido da certeza e arriscar pra só assim ter a oportunidade de aprender com os próprios erros.
    abcs

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  25. Nesse post, a Mariana me lembra um pouco aquele trecho da música do Renato Russo que diz que tem que `` provar pra todo mundo que não tem que provar nada pra ninguém``. É quase como se ela quisesse mostra, até esfregar na cara da mãe que é capaz de cuidar do seu filho e sabe o que faz.

    Sobre o prédio, acho que já o vi uma vez pois vou muito pra BH.

    obs: Tinha comentado aqui antes mas não sei o que aconteceu ele não entrou. Eu lembro de ter visto ele aqui.

    beijosss

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  26. A história toma rumos interessantes...
    estou gostando muito

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  27. Tem um tom de realidade sim, mais o autor, nesse caso a autora tem grandes meritos nisso, pois quando esse sentido é nos passado, é sinal que a história entrou na gente. Um super abraço!

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  28. Minha irmã teve uma fase Wicca...
    A mãe morria de medo que ela estivesse fazendo "macumba" por aí!! hehehhe

    Sempre com passar por aqui!

    ;D

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