Marianna querendo colocar as ideias no lugar, resolveu que era hora de dar uma parada estratégica em tudo que estava acontecendo.
Depois de ouvir a declaração de amor de Altair, Marianna ficou muito balançada. Era verão do ano de 2004, quando novamente Marianna iria tirar suas tão merecidas férias anuais. Ao invés de buscar refúgio nas montanhas do Sul de Minas, Marianna escolheu outro roteiro: o Sul da Bahia.
Antes de viajar porém, ela resolveu se despedir de Altair. Assim na última sexta-feira útil antes do Carnaval, Marianna passou na loja.
- Oi Altair como vai?
- Oi Marianna, como você está linda.
- Eu vim aqui me despedir de você.
- Como assim, se despedir?
- Eu vou entrar de férias e vou viajar. Minha esperança era que você pudesse viajar comigo.
- Você sabe que eu não posso. Mas você vai voltar, não é mesmo?
- Claro que vou. Estou indo para o Sul da Bahia. Vou visitar minha avó.
- Você vai sozinha?
- Vou com meu filho e com minha irmã. Viajamos hoje à noite.
- Já estou imaginando, em pleno Carnaval, uma rockeira na Bahia.
- Estou levando meus CDs. Vou começar ouvindo Megadeth e matar os baianos de raiva. O trio elétrico passando e eu com meu rock tocando no "talo".
- Não se esqueça de mim.
- Eu preciso dar um tempo para refletir. Vou aproveitar e curtir meu filhote um pouco, ele vai fazer três anos e eu trabalho tanto, que quase nem tenho tempo de ficar com ele.
- Boa viagem então.
Altair segurou Marianna pela cintura e a beijou longamente. O simples contato com ele, deixava Marianna toda arrepiada.
- Até a volta Altair.
- Até Marianna.
O resto do dia passou voando, Marianna já tinha levado sua mochila para o trabalho. Às dezoito horas, bateu seu ponto e foi para a rodoviária se encontrar com sua irmã Regina. Ao invés de se espremer num ônibus, como fazia todas as tardes, resolveu descer a pé. Seu ônibus partiria às vinte e três horas, teria tempo de sobra. O dia ainda estava claro e o abafado, o trânsito como sempre engarrafado. Parecia que todos os mineiros iriam viajar naquele Carnaval.
Uma semana longe de Altair, seria tempo suficiente para descobrir se realmente gostava dele, ou se tudo não passava de mais uma grande ilusão.
Ao chegar na Rodoviária, Marianna se assustou com a quantidade de pessoas que se espremiam, em busca de passagens na última hora.
Era uma espécie de formigueiro humano, pessoas iam e vinham com malas nas mãos. Marianna com muita dificuldade, passou em uma lanchonete e comprou pão de queijo para comer na viagem. Em seguida, foi para uma livraria, folear livros para passar o tempo, aproveitou e comprou uma revista de palavras cruzadas. Marianna se dirigiu para a plataforma de embarque e tentou se concentrar em sua revistinha.
Marianna tinha 25 anos e sua irmã 22. Era praticamente um milagre, a Mãe deixar a irmã viajar sozinha com Marianna. Aquela semana seria uma boa oportunidade de se aproximar novamente de Regina. Como todas irmãs, elas tinham suas diferenças, mas o sangue falava mais alto. Marianna sempre viu Regina, como uma cópia em versão menor da Mãe. Sempre autoritária e querendo ditar todas as regras. No fundo Regina era apenas mais uma jovem insegura, que escondia-se atrás de uma falsa máscara de superioridade.
Pouco tempo depois, Marianna avistou Regina, trazendo Bruce pela mão.
- Oi meu filhinho, sentiu saudades da Mamãe?
Ao que Bruce respondeu um monte de palavras soltas indecifráveis próprias para uma criança de sua idade.
- Animada para a viagem Regina?
- Nem me fale, Marianna, mas antes eu preciso te contar uma coisa.
- Nossa Regina você está pálida. Você está passando bem?
- Você precisa me ajudar!
- Fale logo, você está me assustando.
- Eu estou grávida.
Eu quase me perdi na rodoviária de Belo Horizonte na primeira e única vez que fui a Minas Gerais. Muita loucura, a pessoa que estava comigo não me ajudou muito. Ainda na volta abusaram de mim no ônibus... nem foi tão ruim...
ResponderExcluirVai ter continuação? já me animei nesse.
ResponderExcluirBia, você escreve bem. Seu blog conta a história de Mariana, você relata os passos dela aqui no blog como se fosse em um livro?
ResponderExcluirAbraço.
Olá Bia.
ResponderExcluirVocê tem um blog muito radiante, cheio de vida, para um endereço tão forte, e soturno como o que da expressão ao blog(se eu contar minha vida voce chora).
Gostei do espaço, ele tem uma cor vibrante, e o mesmo tempo suave,morna, agradavel.
Você enala muito da pessoa de escorpião em cada detalhe disso aqui, e eu aprecio bastante isso(as pessoas de escorpião me encantam).
Interessante o texto que colocou, o bastante para que fosse lendo até o fim.
Tem continuação certo? Fico curioso em saber qual será o desfecho da história.
Ademais Bia, convido-te a também passar em meu blog e deixar sua marca, mesmo se for para dizer que não gostou.
Um grande abraço
Wendek aka Bersebah
Putz... Marianna não tem sossego mesmo... :)
ResponderExcluirAgora imagine as rodoviárias em plena Copa do Mundo... vamos sofrer...
Olá Bia, retribuindo a sua visita e te deixando um abraço e um beijo no seu coração. Eu revivi por alguns momentos enquanto fazia a leitura do seu texto, os bons tempos em que passei no sul da Bahia, citado nesse texto. O final da história, onde Regina fala da gravides para Mariana, promete render muita coisa ainda. Ressalto aqui a forma brilhante de como constrói o enredo de suas histórias e a maneira bem fundamentada com que nos apresenta a nossa Mariana. Parabéns de verdade.
ResponderExcluirOi Bia!
ResponderExcluirAgora fiquei curioso para saber o que vai acontecer com a Marianna na Bahia! Uma roqueira no meio do carnaval e com a mente povoada de questões importantes como a gravidez da irmã e amor de Altair. O que acontecerá ????
Abraços Flávio.
http://www.shitnessbook.blogspot.com
Parece que a viagem não vai ser tão tranquila quanto esperava Marianna... Lá vai ela, cheia de problemas na mala! Gravidez tem dois lados: é um bálsamo e ao mesmo tempo pode ser um grande problema.
ResponderExcluirEsperando mais!
Bj, Bia!
essa mina num tem sossego, mas ae tera uma continuação?
ResponderExcluirParabéns Bia, seus contos são ótimos ;D
ResponderExcluirshow.. ficou com gostinho de quero mais!!
ResponderExcluirse você fizer uma contiuação seria perfeito, mas se não tiver.. tá ótimo de mosmo jeito!
verdadesquemeconvem.blogspot.com
conto maravilhoso mesmo
ResponderExcluirparabens
Com certeza há continuação.Boa escrita você tem.
ResponderExcluirVixi! Que surpresa, não?
ResponderExcluirAchei bem legal, principalmente as fotos no meio da história, bem criativo ! Parabéns.
ResponderExcluirPs: Boa sorte pra irmã na Marianna ela vai precisar, haha
Bah.. Grávida!
ResponderExcluirPelo jeito as férias vão ser mais conturbadas do que prometiam... Mas, também vai servir para deixar o pensamento com relação a Altair se acertar!
;D
Achei massa,vc escreve bem...fica aquele gostinho de quero mais,quanto mais a gente ler mais dah vontade!!! ^^
ResponderExcluirLane
Eu espero que esse filho ao menos goste de Metal como a mãe. o mundo tá precisando de mais headbangers rsrs.
ResponderExcluirGrande abraço
Rama na Vimana
http://ramanavimana.blogspot.com/
vixi! regina embuxou! poe fones de ouvido no umbigo da regina e deixa o menino ir escutando megadeth!
ResponderExcluirEITA CARAMBA! SE REGINA COLOCAR MEGADETH PRO GURI ESCUTAR, VAI NASCER O BEBÊ DE ROSIMARY. ELE TEM QUE NASCER MACHO! TEM QUE ESCUTAR É HARDCORE! MOTORHEAD NOS TÍMPANOS DO MULEQUE!
ResponderExcluirTEXTO INTERESSANTE. LEIA-ME.
http://thebigdogtales.blogspot.com/
Assim como Marianna buscamos partir, querer recomeçar, recarregar as forças e dar continuidade nas difíceis circustâncias da vida.
ResponderExcluirMegadeth é coisa do capeta, hehehehe
Bincadeirinha :P
Megadeth tem alguns discos mto bons...
ResponderExcluirGosto disso na Marianna, essa coisa roqueira.
ResponderExcluirO nome dela também é lindo, Marianna.
Fiquei com vontade de viajar.
Agora, com o problema de Regina, sua irmã, Marianna irá refletir mais ainda sobre o seu romance com Altair...
ResponderExcluirEntendo perfeitamente o que Marianna esta sentido com relação a ficar com alguém que apesar de ama-la e ser feliz ao lado dela, não é livre.
Mais ser feliz é o que importa....rs
Vamos ver no que vai dar.
Beijos carinhosos,
ÍsisdoJUN